Luta de classes e movimentos sociais são objeto central da segunda conferência do Seminário

Na manhã do segundo dia (15) do Seminário Comemorativo ao Dia do/a Assistente Social, a temática central da conferência foi "Luta de classes, movimentos sociais e serviço social - Sem movimento não há liberdade". Foram convidadas a discutir sobre o tema a Profa. Dra. Malu Duriguetto, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Profa. Dra. Samya Rodrigues, presidenta do Conselho Federal de Serviço Social e profa. da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) e a socióloga Rosa Fonseca, representando o Grupo Crítica Radical. A conselheira do Cress-Ce Leiriane Araújo mediou o debate.

Plateia atenta à palestra da presidenta do CFESS Samya Rodrigues.

O debate girou em torno da configuração dos movimentos sociais como espaços de luta perante a exploração do trabalho na contemporaneidade e o papel dos assistentes sociais nessa conjuntura. A socióloga Rosa Fonseca discutiu sobre a necessidade de centrarmos o foco na emancipação humana sem qualquer ligação com o capital. Para ela, não há possibilidade de emancipação humana na sociedade sem que haja uma total ruptura com o sistema capitalista.

Malu Duriguetto (UFJF) discutiu o trabalho após os anos 1990, em que houve um acentuado ataque aos direitos dos trabalhadores, e sobre a necessidade da realocação dos movimentos sociais que hoje, em sua maioria, estão próximos ao sistema governista e pautados por lutas corporativistas e individuais. De acordo com a profa Malu, houve um certo apassivamento da classe trabalhadora a partir de mecanismos institucionalizados, sendo a criação dos conselhos de direito um exemplo de esfacelamento da luta acompanhado do esfacelamento político.

A socióloga Rosa Fonseca responde aos questionamentos da plateia.

Ao final, a presidenta do CFESS Samya Rodrigues, discutiu sobre o papel dos assistentes sociais inseridos na luta de classes, além dos pontos prioritários do Conselho para este ano de 2013. "A conjuntura atual nos obriga a lutar todos os dias porque a bárbarie continua. Estamos aqui para lutar contra a exploração. Sem movimento, e movimento de esquerda, não há liberdade. E não digo a liberdade capitalista, mas a liberdade na perspectiva da emancipação humana", destacou.

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